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Exercícios espirituais: na Quaresma deixar que Deus restaure a nossa beleza

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Exercícios espirituais: na Quaresma deixar que Deus restaure a nossa beleza

 

Na terceira meditação oferecida ao Papa Francisco e à Cúria Romana nos Exercícios espirituais em Ariccia, o abade de São Miniato convidou com o poeta Luzi a refletir sobre a indiferença, a doença de nossas cidades, e com La Pira sobre a erradicação da vida das metrópoles. “Falamos de beleza para os jovens. É o único modo com o qual se aceitam e aceitam os outros”.

Papa Francisco durante Exercícios espirituais em Ariccia - Foto: ANSA

Papa Francisco durante Exercícios espirituais em Ariccia – Foto: ANSA

 

Um convite a refletir sobre a indiferença, “proteção de si” para proteger-se dos outros e da responsabilidade para com a realidade, sobre a erradicação da vida da cidade, procurando a beleza e a medida que vem do ser amado por Deus e amá-lo também nós.

 

Este é o centro da terceira meditação oferecida, na manhã desta terça-feira (12/03), pelo abade de São Miniato ao Monte em Florença, Bernardo Francesco Maria Gianni, beneditino, ao Papa Francisco e seus colaboradores da Cúria Romana. O tema das reflexões do pregador “O presente de infâmia, de sangue e indiferença”, é extraído dos versos de Mario Luzi em “Felicità turbate”, a poesia dedicada à abadia florentina em dezembro de 1997.

 

Olhar paras as feridas da cidade

 

Quando ele escreve, recordou o abade beneditino, Luzi tem nos olhos o massacre perpetrado pela máfia quatro anos antes na Via dei Georgofili, as cinco vítimas inocentes e a destruição de “uma parte preciosa do centro artístico de nossa cidade”, disse ele.

 

Ouça o áudio da reportagem

 

“Somos convidados, a partir daquele evento dramático, a olhar, como sempre estamos procurando fazer, as feridas das cidades do mundo inteiro, até mesmo aquelas muito mais complexas e marcadas pelas injustiças de todos os tipos, em todo o nosso planeta, e fazê-lo com um olhar sobre a realidade que o nosso Papa nos ensinou, como prevalente respeito à ideia.

 

A indiferença, “proteção de si” para proteger-se dos outros

 

O pregador se deteve num dos três “sinais do mal”, a indiferença, tão distante do “alcance caritativo” da poesia de Luzi e da ação política de Giorgio La Pira. A indiferença “que muitas vezes de forma sutil paralisa o nosso coração, torna o nosso olhar” opaco, nebuloso. O que Charles Taylor descreveu como a “proteção do eu”.

 

É como se a nossa pessoa vestisse uma tela, da qual e com a qual se proteger dos outros, daquela responsabilidade que os problemas do nosso tempo solicitam, à luz daquela paixão evangélica que o Senhor quer acender com a força do seu Santo Espírito em nosso coração.

 

Olhar para a realidade sem sonhar cidades ideais

 

Citando o teólogo luterano Dietrich Bonhoeffer e sua preocupação pela vida das gerações futuras, o abade Gianni sublinhou que deve estar em nosso coração a possibilidade de deixar para as novas gerações “um futuro melhor que o presente que vivemos, confiando nele, com um espírito radicalmente contrário à indiferença, mas todos movidos pela ardente participação”. Romano Guardini nos convidou ontem, recordou o beneditino, a acolher o futuro com responsabilidade “realizando-o o mais próximo possível junto com o Senhor”:

Olhar para a realidade evidentemente sem sonhar cidades ideais ou utópicas de nenhum tipo. A utopia não é uma perspectiva autenticamente evangélica. A Jerusalém celeste, que o visionário do Apocalipse contempla, não é uma utopia: é de fato o conteúdo de uma promessa real e confiável que o Senhor dá às suas igrejas na provação.

 

“A ação da Igreja e dos homens e mulheres de boa vontade”, esclareceu o abade Bernardo Francesco Maria Gianni, “acredito que seja realmente essa fecundidade gerada pela escuta obediente e apaixonada do Evangelho da vida” de Jesus. E a poesia de Mario Luzi, segundo o pregador, nos restitui a consciência “da tradição representada pelo fogo de seus antigos santos”. É aquela brasa que “com a santidade do tempo presente”, “pode realmente voltar a inflamar para ser uma luz de esperança na noite das cidades do nosso mundo”.

 

A erradicação da pessoa da vida da cidade

 

O abade de São Miniato ao Monte relatou as palavras de La Pira num encontro de prefeitos do mundo inteiro, em 2 de outubro de 1955: a crise do nosso tempo, disse o prefeito de Florença, “é uma crise de desproporção e desmedida em relação ao que é verdadeiramente humano”.

 

“A crise do nosso tempo pode ser definida como a erradicação da pessoa do contexto orgânico – isto é, vivo, conectivo – da cidade. Bem, essa crise só pode ser resolvida através de uma nova radicação, mais profunda, mais orgânica, da pessoa na cidade em que nasceu e em cuja história e tradição está organicamente inserida”.

 

Os remédios da beleza e medida

 

Deve ser vencida a tentação da indiferença, da “proteção de si”, da erradicação que também leva os homens da Igreja, a “sentirem-se estranhos, não interpelados pelo tecido vivo com as suas dificuldades, os  seus problemas, suas contradições, que são as cidades onde somos chamados a levar, seja qual for o custo, a Palavra de Deus, encarnando-a”. Por isso, o pregador propõe os medicamentos da beleza e da medida: “Uma dimensão coral contra todo individualismo, um grande testemunho que a Igreja não pode deixar de dar, com sua índole radicalmente fraterna”.

 

Santo Agostinho: amando a Deus nos tornamos belos

 

Santo Agostinho, comentando a Primeira Carta de São João, “nos lembra o que é a verdadeira beleza e como é recebida”. “Que fundamento”, diz Agostinho, “teremos para amar se Ele não nos tivesse amado por primeiro? Amando, tornamo-nos amigos, mas Ele nos amou quando éramos seus inimigos para nos tornar amigos”:

Novamente, a primazia de Deus, a anterioridade de seu agir, o nosso ser amados, ser feitos e ser decorados por sua beleza. Ele nos amou por primeiro e nos deu a capacidade de amá-lo: amando-o, nos tornamos belos.

 

Falar aos jovens da beleza, é a sua única medida

 

“Num mundo que olha muito para as aparências”, concluiu o pregador dos Exercícios ao Papa Francisco e à Cúria Romana, “a beleza é a única medida com a qual os jovens se aceitam e aceitam outros jovens”. Então, voltamos a Agostinho: “A nossa alma, irmãos, é feia por causa do pecado. Ela torna-se bonita amando a Deus”:

“Como seremos belos? Amando Ele que é sempre belo. Quanto mais cresce o amor em nós, cresce também a beleza, a caridade, de fato, a beleza da alma. No entanto, Agostinho reconhece que o Senhor Jesus, a fim de nos dar a sua beleza, também se tornou feio, e o fez na cruz, aceitando aquela mudança também em seu corpo.”

 

Alessandro Di Bussolo, Mariângela Jaguraba – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Papa: seguir o exemplo do Bom Samaritano para socorrer os doentes

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Papa: seguir o exemplo do Bom Samaritano para socorrer os doentes

 

Na mensagem do Papa Francisco para o XXVII Dia Mundial do Enfermo, o Santo Padre lembra que o caminho para ajudar os que sofrem é se doar com amor.

 

“A Igreja lembra que o caminho mais crível de evangelização são gestos de dom gratuito como os do Bom Samaritano. O cuidado dos doentes precisa de profissionalismo e ternura, de gestos gratuitos, imediatos e simples, como uma carícia, com os quais fazemos o outro sentir que nos é querido”. Essas são as palavras iniciais do Papa Francisco na mensagem para o XXVII Dia Mundial do Enfermo, que será celebrado de modo solene em Calcutá, na Índia, no dia 11 de fevereiro.

Dia Mundial do Enfermo

Dia Mundial do Enfermo

Como a Índia foi o país escolhido para a celebração, o Papa fez questão de lembrar na mensagem a figura da Santa Madre Teresa de Calcutá, “um modelo de caridade que tornou visível o amor de Deus pelos pobres e os doentes. A Santa Madre Teresa ajuda-nos a compreender que o único critério de ação deve ser o amor gratuito para com todos, sem distinção de língua, cultura, etnia ou religião. O seu exemplo continua a guiar-nos na abertura de horizontes de alegria e esperança para a humanidade necessitada de compreensão e ternura, especialmente para as pessoas que sofrem”.

 

Guiado pelo exemplo de Madre Teresa, Francisco falou sobre a importância do voluntariado para socorrer os enfermos e necessitados. “A gratuidade humana é o fermento da ação dos voluntários, que têm tanta importância no setor socio-sanitário e que vivem de modo eloquente a espiritualidade do Bom Samaritano. Agradeço e encorajo todas as associações de voluntariado que se ocupam do transporte e assistência dos doentes, aquelas que providenciam as doações de sangue, tecidos e órgãos”.

 

O Papa também pede atenção às instituições de saúde católicas sobre a missão desse tipo de entidade, que corre o risco de se desvirtuar por causa de ganhos financeiros. “As instituições sanitárias católicas não deveriam cair no estilo empresarial, mas salvaguardar mais o cuidado da pessoa que o lucro. Sabemos que a saúde é relacional, depende da interação com os outros e precisa de confiança, amizade e solidariedade; é um bem que só se pode gozar «plenamente», se for partilhado. A alegria do dom gratuito é o indicador de saúde do cristão”.

 

Manuela Castro – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Papa diz que devemos insistir na oração, Deus atende sempre

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Papa diz que devemos insistir na oração,

Deus atende sempre

 

“Rezar é desde agora a vitória sobre a solidão e o desespero. É como ver cada fragmento da criação que fervilha no torpor de uma história que às vezes não entendemos o por quê. Mas está em movimento, no caminho,

e no final de cada estrada há um Pai que espera por tudo e todos com os braços bem abertos”. Deus sempre responde à nossa oração, disse o Papa em sua catequese.

 

“Podemos estar certos de que Deus responderá. Talvez tenhamos que insistir por toda a vida, mas Ele responderá.”

Papa na Audiência - Foto: Vatican Media

Papa na Audiência – Foto: Vatican Media

 

Dando sequência à sua série de catequeses sobre o Pai Nosso, o Papa falou na Audiência Geral desta quarta-feira sobre a oração perseverante, inspirando-se na passagem de São Lucas 11, 9-13: “Batei e vos será aberto”.

 

 

Dirigindo-se aos 7 mil peregrinos presentes na Sala Paulo VI, Francisco começa recordando  que o evangelista descreve “a figura de Cristo em uma atmosfera densa de oração. Nele estão contidos os três hinos que marcam ao longo do dia a oração da Igreja: o Benedictus, o Magnificat e o Nunc dimittis”.

 

“Jesus é sobretudo um orante”

“Na catequese sobre o Pai Nosso vemos Jesus como orante. Jesus reza”, enfatiza o Pontífice. Cada passo na sua vida “é como que movido pelo sopro do Espírito que o guia em todas as suas ações”. E o Papa recorda a Transfiguração, o batismo no Jordão, a intercessão por Pedro. Nas decisões mais importantes – observa –  Jesus “retira-se frequentemente para a solidão, para rezar. Até a morte do Messias está mergulhada em um clima de oração, tanto que as horas da Paixão parecem marcadas por uma calma surpreendente.”

 

Ouça a reportagem:

 

Jesus consola as mulheres, reza pelos que o crucificam, promete o Paraíso ao bom ladrão, expira dizendo: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”:

“A oração de Jesus parece abranda as emoções mais violentas, os desejos de vingança, reconcilia o homem com seu mais amargo inimigo: a morte”

 

Dirigir-se a Deus como Pai

 

É no Evangelho de Lucas – chama a atenção o Papa – que um de seus discípulos pede que o próprio Jesus os ensine a rezar (…). Também nós podemos dizer isto ao Senhor: ensina-me a rezar, para que também eu possa rezar”.

 

E deste pedido dos discípulos – explica – “nasce um ensinamento bastante extenso, através do qual Jesus explica aos seus com que palavras e com que sentimentos devem dirigir-se a Deus”. E “a primeira parte deste ensinamento é justamente a oração ao Pai (…). O cristão dirige-se a Deus chamando-o antes de tudo de ‘Pai'”. Nós podemos estar em oração “somente com esta palavra, Pai, e sentir que temos um Pai, não um patrão, nem um padrinho, mas um pai”.

 

Mas neste ensinamento que Jesus dá aos seus discípulos – prossegue Francisco – é interessante insistir em algumas instruções que coroam o texto da oração. Para dar confiança à oração, Jesus explica algumas coisas: “Elas insistem nas atitudes do crente que reza”.

 

E ilustra isso com “a parábola do amigo inoportuno que vai perturbar toda uma família que dorme, porque de forma inesperada uma pessoa chegou de uma viagem e não tem pão para oferecer a ela. Jesus explica que se ele não se levantar para dar o pão porque é seu amigo, ao menos se levantará por causa da importunação.  “Com isto, Jesus quer ensinar a rezar, a insistir na oração”.  E ilustra também com “o exemplo de um pai que tem um filho faminto: “Qual pai entre vós – pergunta Jesus – se o filho lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra em vez de peixe?”.

 

A oração sempre transforma a realidade

 

Com estas parábolas – diz o Papa – Jesus faz entender que Deus responde sempre, que nenhuma oração fica sem ser ouvida, “que Ele é Pai e não esquece seus filhos que sofrem”:

Certamente, essas afirmações nos colocam em crise, porque muitas das nossas orações parecem não ter resultado algum. Quantas vezes pedimos e não obtemos –  todos temos experiência disto – batemos e encontramos uma porta fechada? Jesus recomenda a nós, nesses momentos, para insistir e a não nos darmos por vencidos. A oração sempre transforma a realidade, a oração sempre transforma, sempre, transforma a realidade: se não mudam as coisas à nossa volta, pelo menos muda a nós, muda o nosso coração. Jesus prometeu o dom do Espírito Santo a todo homem e mulher que reza”.

 

Perseverar na oração, Deus responde sempre

 

“Podemos estar certos – diz o Francisco –  de que Deus responderá. A única incerteza – ressalta – é devida aos tempos, mas não duvidamos que Ele responderá”:

“Talvez tenhamos que insistir por toda a vida, mas Ele responderá. Ele o prometeu: Ele não é como um pai que dá uma serpente em vez de um peixe. Não há nada de mais certo: o desejo de felicidade que todos nós trazemos no coração, um dia se cumprirá. Jesus diz: “Não fará Deus justiça aos seus eleitos, que clamam dia e noite a ele?” Sim, fará justiça, nos escutará.  Que dia de glória e ressurreição será!”

 

“Rezar é desde agora a vitória sobre a solidão e o desespero”

“É como ver cada fragmento da criação que fervilha no torpor de uma história que às vezes não entendemos o por quê. Mas está em movimento, no caminho, e no final de cada estrada, da coração, de um tempo que estamos rezando, ao fim da vida, há um Pai que espera por tudo e todos com os braços bem abertos. Olhemos para este Pai”.

 

 

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Papa: redescobrir neste Natal os laços de fraternidade que nos unem

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Papa: redescobrir neste Natal os laços de fraternidade que nos unem

 

“Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo ficam sem fôlego, e mesmo os melhores projetos correm o risco de se tornar estruturas sem alma”, disse o Pontífice em sua mensagem de Natal, diante dos 50 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro. O Papa pediu paz em particular para a Terra Santa, a África, Venezuela, Nicarágua, Iêmen, Síria, Ucrânia, Península Coreana.

 

“Glória a Deus nas Alturas e Paz na terra aos homens de boa vontade”. Votos natalinos de fraternidade a todos os irmãos em humanidade!

 

Após a solene celebração da Missa do Galo na Noite de Natal, o Santo Padre pronunciou sua Mensagem natalina ao meio dia desta terça-feira (25.12), Dia de Natal, na sacada central da Basílica de São Pedro, dirigida aos fiéis do mundo inteiro.

Mensagem e Bênção Urbi at Orbi - Foto: Vatican Media

Mensagem e Bênção Urbi at Orbi – Foto: Vatican Media

 

Queridos irmãos e irmãs, Feliz Natal! Aos fiéis de Roma, aos peregrinos e a todos os que, das diversas partes do mundo, estão sintonizados conosco, renovo o jubiloso anúncio de Belém: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.

 

Como os pastores, os primeiros que acorreram à gruta, disse o Papa, ficamos maravilhados com o sinal que Deus nos deu: “Um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. Em silêncio, ajoelhemos e O adoremos! E perguntou: “O que aquele Menino, que nasceu para nós da Virgem Maria quer nos dizer neste dia­­? Qual a sua mensagem universal? E Francisco respondeu:

 

Papa: a mensagem ‘Urbi et Orbi’ na Solenidade de Natal

 

Ele nos diz que Deus é um bom Pai e nós somos todos irmãos. Esta verdade está na base da visão cristã da humanidade. Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo não têm sentido e até os nossos melhores projetos correm o risco de se tornar sem alma. Por isso, as minhas felicitações natalinas são os votos de fraternidade”.

 

Seus votos de Fraternidade vão às pessoas de todas as nações e culturas; às de ideias diferentes, mas capazes de se respeitar e ouvir umas às outras; e às pessoas das diferentes religiões. E acrescentou:

Jesus veio revelar o rosto de Deus a todos os que procuram. O rosto de Deus manifestou-se em um rosto humano, concreto; não sob a forma de um anjo, mas de homem, nascido em um tempo e lugar concretos. Assim, com a sua encarnação, o Filho de Deus nos indica que a salvação passa através do amor, da hospitalidade, do respeito pela nossa pobre humanidade, com a sua variedade de etnias, línguas, culturas. Mas, todos somos irmãos em humanidade!”

 

Logo, disse Francisco, as nossas diferenças não constituem um dano nem um perigo, pelo contrário, são uma riqueza, como nos ensina a nossa experiência de família, onde há um laço indissolúvel de amor. E expressou seus sinceros votos de que este Natal nos faça redescobrir os laços de fraternidade que nos unem como seres humanos e interligam todos os povos:

 

Israelenses e Palestinos

 

Que este Natal permita a Israelenses e Palestinos retomar o diálogo e embocar um caminho de paz; que possam colocar um ponto final em um conflito que, há mais de setenta anos, dilacera a Terra que o Senhor escolheu para mostrar seu rosto de amor”.

 

O Santo Padre fez seus votos de Natal, acompanhados de seus apelos. Também a outros povos:

 

Síria

 

Que o Menino Jesus permita, à amada e atormentada Síria, reencontrar a fraternidade depois destes longos anos de guerra. Que a Comunidade Internacional trabalhe com decisão para uma solução política que acabe com as divisões e os interesses de parte, de modo que o povo sírio, especialmente os que foram obrigados a deixar as suas terras e buscar refúgio em outros lugares, possa voltar a viver em paz na sua pátria”.

 

Francisco continuou elevando seu pensamento a outros países, aos quais faz seus apelos de paz, por ocasião do Natal do Senhor:

 

Iêmen

 

“Penso no Iêmen, com a esperança de que a trégua mediada pela Comunidade Internacional possa, finalmente, levar alívio a tantas crianças e às populações exaustas pela guerra e a carestia”.

 

África

 

“Penso na África, onde milhões de pessoas refugiadas ou deslocadas precisam de assistência humanitária e segurança alimentar. O Deus Menino, Rei da Paz, faça calar as armas e surgir uma nova aurora de fraternidade em todo o Continente, abençoando os esforços de quantos trabalham para favorecer percursos de reconciliação a nível político e social”.

 

Península Coreana

 

“Que o Natal fortaleça os vínculos fraternos, que unem a península da Coreia, e permita prosseguir no caminho de aproximação empreendido para se chegar a soluções compartilhadas e a todos assegurar progresso e bem-estar”.

 

Venezuela

 

“Que este tempo de bênção permita à Venezuela reencontrar a concórdia e, a todos os componentes da sociedade, trabalhar fraternalmente para o desenvolvimento do país e prestar assistência aos setores mais vulneráveis da população”.

 

Ucrânia

 

“O Recém-nascido leve alívio à amada Ucrânia, ansiosa de ter uma paz duradoura, que tarda a chegar. Só com a paz, respeitadora dos direitos de cada nação, é que o país poderá se recuperar das tribulações sofridas e restabelecer condições de vida dignas para os seus cidadãos. Solidário com as comunidades cristãs daquela Região, rezo para que possam tecer relações de fraternidade e amizade”.

 

Nicarágua

 

“Que, diante do Menino Jesus, os habitantes da querida Nicarágua redescubram ser irmãos, que não prevaleçam as divisões e as discórdias, mas todos trabalhem para favorecer a reconciliação e, juntos, construir o futuro do país”.

 

O Santo Padre recordou também os povos que sofrem colonizações ideológicas, culturais e econômicas, que veem dilaceradas a sua liberdade e identidade e sofrem por causa da fome e da carência de serviços educativos e sanitários.

 

Cristãos perseguidos

 

Por fim, Francisco dirigiu seu pensamento às inúmeras pessoas que não têm voz e sofrem por causa do nome do Senhor Jesus:

Meu pensamento vai, de modo particular, aos nossos irmãos e irmãs que celebram a Natividade do Senhor em contextos difíceis, para não dizer hostis, especialmente onde a comunidade cristã é uma minoria, por vezes frágil ou desconsiderada. Que o Senhor conceda a eles e a todas as minorias, a graça de viver em paz e ver reconhecidos os seus direitos, sobretudo a liberdade religiosa”.

 

Crianças

 

Francisco concluiu sua Mensagem de Natal pedindo ao Menino Jesus, que hoje contemplamos na manjedoura, que proteja todas as crianças da terra e todas as pessoas frágeis, indefesas e descartadas.

 

“Que todos nós possamos receber a paz e o conforto do Nascimento do Salvador, para que, sentindo-nos amados pelo único Pai celeste, possamos nos reencontrar e viver como irmãos!

 

Após a sua Mensagem de Natal, – um verdadeiro apelo de Paz para muitas Nações, – o Santo Padre concedeu a sua Bênção apostólica “Urbi et Orbi” à Cidade de Roma, aos peregrinos presentes na Praça São Pedro e a todos os fiéis espalhados pelo mundo.

 

Manoel Tavares – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Angelus: “Entregar-se a Deus e saber perdoar”, como S. Estêvão

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Angelus: “Entregar-se a Deus e saber perdoar”, como S. Estêvão

 

Antes de rezar a oração mariana do Angelus, nesta quarta-feira de sol na praça São Pedro, o Papa falou aos fiéis sobre as analogias na vida de Estêvão e de Jesus.

 

Ainda no clima de alegria pelo anúncio do nascimento de Cristo, a Igreja celebra neste dia 26 de dezembro a festividade de Santo Estêvão, diácono e primeiro mártir, perseguido e morto em Jerusalém.

"Entregar-se a Deus e saber perdoar", como S. Estêvão (Papa Francisco) - Foto: Vatican Media

“Entregar-se a Deus e saber perdoar”, como S. Estêvão (Papa Francisco) – Foto: Vatican Media

 

Antes de rezar a oração mariana do Angelus, nesta quarta-feira de sol na Praça São Pedro, o Papa falou aos fiéis sobre as analogias na vida de Estêvão e do próprio Jesus. Ambos entregaram seu espírito a Deus no momento da morte: Estêvão ao ser lapidado, e Jesus na cruz.

 

Entregar-se a Deus com confiança

 

“O comportamento de Estêvão que imita fielmente o gesto de Jesus é um convite a cada um de nós a receber com fé, das mãos do Senhor, aquilo que a vida nos oferece de positivo e de negativo”.

 

Nossa existência não é marcada apenas por circunstâncias felizes, mas também por dificuldades e perdas; mas a confiança em Deus nos ajuda a acolher os momentos fadigosos e a vivê-los como ocasião de crescimento na fé e construção de novas relações com os irmãos. Trata-se de abandonar-nos nas mãos do Senhor, que sabemos ser um Pai rico de bondade com seus filhos”.

 

Saber perdoar e rezar sempre

 

A segunda atitude indicada por Francisco como comum entre Estêvão e Jesus foi o perdão. Nenhum dos dois maldisse seus perseguidores, mas rezaram por eles.

 

“O perdão engradece o coração, gera partilha, doa serenidade e paz. O protomártir Estêvão nos aponta o caminho a percorrer nas relações interpessoais de família, na escola e no trabalho, na paróquia e nas comunidades”.

 

“ A lógica do perdão e da misericórdia é sempre vitoriosa e abre horizontes de esperança; mas o perdão se cultiva com a oração, que nos permite fixar o olhar em Jesus ”

 

Terminando, o Pontífice lembrou que é a oração que nos fortalece, e por isso, temos que pedir sempre ao Espírito Santo para que derrame sobre nós o dom da força, que cura nossos medos, nossas fraquezas, nossa pequenez.

 

Ouça a reportagem abaixo:

 

“Invoquemos a intercessão de Maria e de Santo Estêvão. Que nos ajudem a entregarmo-nos sempre mais a Deus, especialmente nos momentos difíceis, e nos ampare no propósito de sermos homens e mulheres capazes de perdoar”.

 

Após conceder a bênção a todos os presentes e a nós, que a recebemos pelo rádio e TV, Francisco agradeceu as mensagens e votos pelas festividades de Natal chegadas de todas as partes do mundo, pediu a todos que rezem por ele e, desejando como sempre ‘bom almoço’, se despediu dos féis.

 

Cristiane Murray – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican Media

Papa Angelus: o centro da nossa vida é Jesus e a sua palavra de luz, amor e consolação

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Papa Angelus: o centro da nossa vida é Jesus e a sua palavra de luz, amor e consolação

 

Neste segundo Domingo do Advento o Evangelho nos apresenta a figura de João Batista, que “percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados”.

Papa no  Angelus - Foto: Vatican Media

Papa no Angelus – Foto: Vatican Media

 

 

Neste segundo Domingo do Advento o Papa Francisco rezou ao meio-dia a oração mariana do Angelus com os fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo reunidos na grande Praça São Pedro, embelezada pelos símbolos do Natal: o presépio e a árvore de Natal.

Depois de recordar que no último domingo a liturgia nos convidava a viver o tempo do Advento e da espera do Senhor com a atitude de vigilância, neste segundo domingo do Advento, disse o Papa, nos vem indicado como dar substância a essa espera: empreendendo um caminho de conversão.

 

Ouça o áudio da reportagem:

 

Como guia para este caminho, – continuou Francisco – o Evangelho nos apresenta a figura de João Batista, que “percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados”. Para descrever a missão do Batista, o evangelista Lucas recolhe a antiga profecia de Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas”.

 

“Para preparar o caminho para o Senhor que vem, é necessário levar em conta as exigências da conversão a que o Batista nos convida. Antes de mais nada, somos chamados a recuperar os buracos produzidos pela frieza e pela indiferença, abrindo-nos aos outros com os mesmos sentimentos de Jesus, isto é, com a cordialidade e a atenção fraternas que se responsabiliza pelas necessidades do nosso próximo, isto é recuperar os buracos produzidos pela frieza. E não se pode ter uma relação de amor, de caridade, de fraternidade com o próximo se há buracos, como não se pode caminhar por um estrada com muitos buracos. E tudo isso fazer com um cuidado especial para com os mais necessitados”

 

Então, – prosseguiu Francisco – precisamos reduzir tantas severidades causadas pelo orgulho e  pela soberba, fazendo gestos concretos de reconciliação com os nossos irmãos, pedindo perdão pelas nossas faltas. Não é fácil reconciliar-se, acrescentou o Papa, se se pensa, quem irá dar o primeiro passo? O Senhor nos ajuda nisto se temos boa vontade.

 

“A conversão, na verdade, é completa se leva a reconhecer humildemente os nossos erros, as nossas infidelidades e omissões”.

 

O fiel, sublinhou o Papa na sua alocução antes de rezar o Angelus -, é aquele que, estando próximo de seu irmão, como João Batista abre estradas no deserto, ou seja, indica perspectivas de esperança mesmo naqueles contextos existenciais impenetráveis, marcados pelo fracasso e pela derrota.

 

“Não podemos nos render a situações negativas de fechamento e rejeição; não devemos nos deixar sujeitar à mentalidade do mundo, porque o centro da nossa vida é Jesus e a sua palavra de luz, de amor, de consolação”.

 

O Batista convidava as pessoas de seu tempo à conversão com força, vigor e severidade. No entanto, ele sabia ouvir, sabia como realizar gestos de ternura e de perdão para com as multidões de homens e mulheres que iam até ele para confessar seus pecados e serem batizados com o batismo de penitência.

 

Seu testemunho de vida, – acrescentou o Papa – a pureza de seu anúncio, a sua coragem em proclamar a verdade conseguiram despertar as expectativas e esperanças do Messias que há muito tempo estavam adormecidas. Ainda hoje, os discípulos de Jesus são chamados a ser suas humildes mas corajosas testemunhas para reacender a esperança, para fazer entender que, apesar de tudo, o reino de Deus continua a ser construído dia a dia com o poder do Espírito Santo.

 

Pensemos, cada um de nós – disse Francisco –, “como eu posso mudar algo no meu comportamento para preparar o caminho do Senhor?

 

Que a Virgem Maria – concluiu o Santo Padre -, nos ajude a preparar dia após dia o caminho do Senhor, começando por nós mesmos; e a espalhar em torno a nós, com tenaz paciência, sementes de paz, de justiça e de fraternidade.

 

Silvonei José – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

O pesar do Papa pela tragédia em Campinas

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O pesar do Papa pela tragédia em Campinas

 

O Papa Francisco “convida a todos, diante deste momento de dor, a encontrar conforto e forças em Jesus Ressuscitado, pedindo a Deus para que a esperança não esmoreça nesta hora de prova e faça prevalecer o perdão e o amor sobre o ódio e a vingança”.

Flores diante da Catedral de Campinas - Foto: ANSA

Flores diante da Catedral de Campinas – Foto: ANSA

 

O Papa Francisco manifestou seu pesar pela tragédia ocorrida na Catedral de Campinas, na terça-feira (11/12), depois que um atirador abriu fogo após a missa. Até o momento, cinco pessoas morreram.

 

“Profundamente consternado pelo dramático atentado realizado durante a celebração da Santa Missa na Catedral da Arquidiocese de Campinas, o Papa Francisco confia à misericórdia de Deus as vítimas e assegura a sua solidariedade e conforto espiritual às famílias que perderam seus entes queridos e toda a comunidade arquidiocesana, com votos de pronta recuperação dos feridos”, lê-se no telegrama assinado pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.

 

Ouça o áudio da reportagem:

 

No texto, “o Santo Padre convida a todos, diante deste momento de dor, a encontrar conforto e forças em Jesus Ressuscitado, pedindo a Deus para que a esperança não esmoreça nesta hora de prova e faça prevalecer o perdão e o amor sobre o ódio e a vingança”.

 

O telegrama se conclui com a benção apostólica do Papa Francisco.

 

Polícia ainda investiga o caso

 

As cinco vítimas são: Heleno Severo Alves, Sidnei Vitor Monteiro, José Eudes Gonzaga, Cristofer Gonçalves dos Santos, Elpidio Alves Coutinho. Segundo a polícia, o atirador Euler Fernando Grandolpho se suicidou. Outras três pessoas ficaram feridas, mas já receberam alta. A Polícia ainda investiga qual teria sido a motivação do atirador para abrir fogo contra os fiéis.

 

O Regional Sul I da CNBB divulgou uma Nota de Solidariedade a todos os fiéis e à Cúria fazendo um apelo para depor “as armas da violência seja das mãos, seja dos corações”.

 

Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Dia Mundial dos Pobres reuniu cerca de 500 pessoas no Santuário e na praça Irmã Dulce

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Dia Mundial dos Pobres reuniu cerca de 500 pessoas no Santuário e na praça Irmã Dulce

 

Cerca de 500 pessoas participaram, neste domingo (18), das atividades voltadas para o Dia Mundial dos Pobres, no Largo de Roma, em Salvador. Promovida pela Arquidiocese de Salvador, através da Pastoral Arquidiocesana do Povo de Rua, a iniciativa contou com serviços gratuitos de clínica médica, corte de cabelo e barba, auriculoterapia, além de oficinas de pintura, karaokê e apresentações de capoeira.

Dia Mundial dos Pobres - Fotos: Sara Gomes

Dia Mundial dos Pobres – Fotos: Sara Gomes

 

Instituído pelo Papa Francisco, o Dia Mundial dos Pobres é realizado pelo segundo ano consecutivo. “Nós precisamos tomar consciência de que, ao nosso lado, há uma multidão de pessoas que não têm o mínimo necessário para uma vida digna. E ao instituir o Dia Mundial do Pobre, o Papa Francisco quis que a gente passasse a olhar com mais carinho e atenção àqueles que estão aí precisando de uma ajuda, de um braço amigo, de um sorriso, de um pão, enfim daquilo que tivermos condição de lhes dar. Eu tenho certeza que isso tudo vai despertar no mundo todo uma consciência de que repartir os dons que a humanidade tem é a melhor maneira de reduzir os seus problemas”, afirmou o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.

 

A preparação para a celebração do Dia Mundial dos Pobres, na Arquidiocese, teve início no dia 11 de novembro, com a abertura da Jornada em preparação para o dia de hoje. De acordo com a articuladora da Pastoral do Povo de Rua, Consuêlo Pires, da motivação das paróquias surgiram gestos concretos. “Nós fomos estimulando as comunidades para que elas fizessem trabalhos voltados para o Dia dos Pobres. A Paróquia Santa Teresa D’Ávila, por exemplo, motivou a comunidade para doar hoje cestas básicas para as famílias carentes. Já na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Pau da Lima, será realizada uma feira de roupa”, afirmou.

 

Cônsuelo pontuou, ainda, outras atividades desenvolvidas ao longo da semana, como o Seminário pelos 10 anos do Projeto Levanta-te e Anda, no dia 14; e no dia 17 a Vigília da Luz, na Comunidade da Trindade. “E hoje a gente se reúne aqui com todas as pessoas em situação de rua e com os grupos que desenvolvem ações voltadas para os mais pobres, para os mais carentes, nessa grande celebração de toda ação de caridade da nossa Igreja”, concluiu.

 

Por volta das 11h, todos os que estavam na praça do Largo de Roma se dirigiram para o Santuário da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde participaram da Missa presidida por Dom Murilo. Em seguida, foi servido o almoço para todos os participantes. “É uma experiência ímpar. O Papa Francisco teve uma inspiração profunda do Espírito Santo, ele sendo profeta atual nosso na Igreja, e nos convida a perceber e alertar que continua em nossa sociedade a exclusão, a desigualdade. Então, ele nos convida a percebermos e, ao mesmo tempo, termos atitudes evangélicas de dizer: ninguém pode ficar fora da grande casa de Deus, todos têm que estar juntos, os nossos irmãos não podem estar excluídos”, afirmou a coordenadora do Projeto Levanta-te e Anda, Irmã Gilcilene Ferreira de Souza.

 

Confira as fotos através do link: http://arquidiocesesalvador.org.br/dia-mundial-dos-pobres-reuniu-cerca-de-500-pessoas-no-santuario-e-na-praca-irma-dulce/

 

Texto e fotos: Sara Gomes

Fonte: Site da Arquidiocese de São Salvador

18 de novembro de 2018

Audiência: os mandamentos levam o homem a abrir o coração a Deus

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Audiência: os mandamentos levam o homem a abrir o coração a Deus

 

Diante de cerca de 15 mil fiéis na Praça S. Pedro, o Papa Francisco explicou o último mandamento: não cobiçar o cônjuge do próximo e as coisas alheias.

 

Não cobiçar o cônjuge do próximo e as coisas alheias: a catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (21/11) foi dedicada ao último mandamento.

Papa na Audiência Geral do dia 25/11/2018 - Foto: Vatican Media

Papa na Audiência Geral do dia 25/11/2018 – Foto: Vatican Media

 

Diante de cerca de 15 mil fiéis na Praça S. Pedro, o Pontífice explicou que aparentemente estas palavras não acrescentam um novo conteúdo, podendo ser exaurido nos mandamentos sobre o adultério e sobre o furto.

 

Mas todos os mandamentos têm como finalidade assinalar a fronteira da vida, isto é, o limite para além do qual o homem destrói a si mesmo e ao próximo, arruinando a sua relação com Deus.

 

O coração do homem

 

O décimo mandamento evidencia o fato de que todas as transgressões nascem de uma raiz interior comum: os desejos malévolos que saem do coração do homem.

 

“Todos os pecados nascem de um desejo malévolo e acabam numa transgressão não formal, mas que fere a si mesmo e aos outros”, disse o Papa, que repetiu duas vezes a “bela lista” que o Senhor faz descrita no Evangelho de Marcos: impuridades, furtos, homicídios, adultérios, cobiças, maldades, enganos, devassidão, inveja, calúnia, arrogância e insensatez.

 

Por isso, o percurso feito através do Decálogo não teria alguma utilidade se não chegasse a tocar este nível, o coração do homem. O ponto de chegada desta viagem é o coração e, se este não for libertado, o resto vale pouco. Este é o desafio, apontou o Papa: “Libertar o coração de todas essas coisas malévolas”.

 

Estes mandamentos sobre os desejos mostram a nossa pobreza e nos conduzem a uma santa humilhação, disse Francisco, convidando os fiéis a se questionarem sobre qual desejo malévolo sentem com mais frequência.

 

Abrir-se à relação com Deus

 

O Papa recordou que é em vão o homem pensar que pode se libertar sozinho, somente com um esforço titânico da própria vontade. Ele necessita do dom do Espírito Santo, abrir-se à relação com Deus, na verdade e na liberdade: somente assim as fadigas podem produzir fruto, “porque tem o Espírito Santo que nos leva avante”.

 

O homem não pode se iludir de que uma obediência literal ao Decálogo o levará à salvação. A função dos mandamentos é levar o homem à sua verdade, isto é, à sua pobreza, que se torna abertura autêntica e pessoal à misericórdia de Deus, que nos transforma e nos renova. “Deus é o único capaz de renovar o nosso coração, com a condição de que abramos o coração a Ele.”

 

Somos mendicantes

 

As últimas palavras do Decálogo nos educam a nos reconhecermos mendicantes.

 

“Deixemo-nos ajudar, somos mendicantes. Peçamos esta graça”, acrescentou Francisco, que concluiu:

“«Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus» (Mt 5,3). Sim, bem-aventurados os que deixam de se iludir acreditando que podem se salvar da própria fraqueza sem a misericórdia de Deus, que é a única que pode curar o coração.”

 

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Dom Murilo ordenou 10 novos diáconos permanentes para a Arquidiocese de Salvador

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Dom Murilo ordenou 10 novos diáconos permanentes para a Arquidiocese de Salvador

Na manhã deste sábado (10) o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, ordenou 10 novos diáconos permanentes para a Arquidiocese de Salvador. A Celebração Eucarística aconteceu na Catedral Basílica (Terreiro de Jesus) e foi concelebrada pelo bispo auxiliar, Dom Hélio Pereira dos Santos, e por padres diocesanos e religiosos.

 

Foram ordenados para o serviço diaconal Aristóteles Farias dos Santos, Edcarlos de Souza, Eduardo Jorge Oliveira, Eduardo Souza Seixas, Hélio de Oliveira Santos Pereira, Joaquim Nobre Chagas, Manoel de Almeida Guedes, Marcos José Santos Soares, Mário da Silva Martins e Valter Cardoso de Matos. “É uma emoção tão grande que eu nem consigo falar direito. Depois de tantos anos, hoje recebemos esta graça de Deus”, afirmou o diácono Valter.

 

Após a proclamação do Evangelho os candidatos ao diaconato foram apresentados ao Arcebispo pelo padre Adilton Pinto Lopes, diretor da Escola Diaconal. Em seguida, durante a homilia, Dom Murilo apresentou e respondeu a três perguntas: O que significa ser diácono? O que significa ser diácono no mundo atual? O que significa ser diácono na Arquidiocese de São Salvador da Bahia. “O diácono é aquele que aceita esse desafio: dar a vida por Jesus. Vocês devem exercer este ministério tendo como modelo o testemunho do Senhor e como orientação a Sua Palavra. O Seu testemunho: o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida. Seus ensinamentos: vocês não poder buscar o poder, querer ser servidos, não podem oprimir, mas podem ser grandes servidores. Vocês devem assumir a função de servo. Que o povo os conheça, pois, pelo serviço que vão prestar através do poder que receberam da Igreja”, afirmou Dom Murilo.

 

Diante do Arcebispo os candidatos ao diaconato se comprometeram a serem fiéis a Jesus Cristo e a Igreja. Enquanto os fiéis recitavam a Ladainha de Todos os Santos, eles se prostraram ao chão, em um gesto de entrega total a Deus. “O diaconato é um chamado de Deus na nossa vida. Por mais que a gente queira muitas vezes escapar desse chamado, não é possível fazer isso. Para nós é uma realização, porque o diaconato permanente nos oferece dois sacramentos, que são o sacramento do matrimônio e o sacramento da Ordem e com isso nós, realmente, estamos preenchidos com os sete sacramentos da Santa Igreja”, afirmou o diácono Joaquim.

 

Logo após a Ladainha, Dom Murilo impôs as mãos sobre as cabeças dos ordenandos. Em seguida, as esposas se aproximaram segurando as vestes diaconais e as estolas, que foram levadas até cada um deles para que fossem vestidos, com a ajuda dos seus párocos. “Para mim, esta Ordenação Diaconal é um milagre de Deus porque meu marido era ateu. Diante de muitas orações e depois de oito anos, Deus me dá essa graça de ele fazer parte desse clero e servir ao Senhor que ele rejeitava. Por isso, eu só tenho que agradecer ao Senhor e eu sei que quando a gente doa para Deus, ele nos devolve tudo em graça”, contou Laura Alves de Paula Souza, esposa do diácono Edcarlos de Souza.

 

Já ordenados, os diáconos receberam o Evangeliário, que é o livro dos Evangelhos. “Esses 10 diáconos que hoje foram consagrados para o serviço de Cristo estarão, já amanhã, servindo ao Senhor em suas paróquias, em suas comunidades, na pregação, na administração dos sacramentos, na orientação e formação dos fiéis. São homens ordenados que têm a missão de anunciar o Cristo Servo”, disse o presidente da Comissão Arquidiocesana de Diáconos (CAD), diácono Raimundo Moreno.

 

“Para a Igreja é uma alegria e para eles é uma responsabilidade. Alegria porque vamos ter mais irmãos que assumem, oficialmente, em nome da Igreja um ministério, servindo naquilo que é específico do diácono, que é atendimento aos necessitados e pobres, entre outras coisas, como ajudar ao altar e evangelizar. Para eles é uma responsabilidade por que, no meio de tantas outras tarefas, são pais de família, são empregados de alguma empresa ou tem empresa, no meio disso tudo são chamados a trabalhar pela sua comunidade como diácono. Mas, eu tenho certeza: para eles será motivo de grande satisfação, e para nós de alegria em ver que a ação de Deus continua forte no mundo de hoje”, disse Dom Murilo.

 

Confira as fotos no site da Arquidiocese de São Salvador, clicando aqui!

Fotos: Sara Gomes

Fonte: Site da Arquidiocese de São Salvador