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Seminário sobre o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé

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Seminário sobre o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé

 

Em comemoração dos 10 anos de sua assinatura realiza-se de 12 a 14 de novembro em Campinas, um Seminário sobre o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé. O Seminário conta com a participação do Cardeal Lorenzo Baldisseri e vários palestrantes e conferencistas de Universidades e entidades católicas.

Bandeira do Vaticano - Foto: Vatican Media

Bandeira do Vaticano – Foto: Vatican Media

 

A Arquidiocese de Campinas, a Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Comissão para a Implementação do Acordo entre o Brasil e a Santa Sé da CNBB são as entidades diretamente envolvidas na realização do Seminário assinalando os 10 anos do Acordo Brasil Santa Sé, que será realizado no Auditório Dom Gilberto, no Campus I da PUC-Campinas, de 12 a 14 de novembro.

 

Ouça o áudio da reportagem

 

Marcado por uma série de palestras e conferências sobre diversos aspectos das relações entre a Igreja Católica e a sociedade brasileira, o evento conta com a participação do cardeal Dom Lorenzo Baldisseri, atual Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, que foi Núncio Apostólico no Brasil, entre 2002 e 2012.

 

O Seminário

 

Durante o evento, palestrantes e conferencistas de Universidades Católicas e entidades católicas vão debater com o público participante temas referentes a atuação da Igreja no Brasil e suas relações com a sociedade brasileira, incluindo: Personalidade Jurídica dos Entes Eclesiásticos, Filantropia, Vínculos Empregatícios, Aspectos Contábeis e Questões Estatutárias das Organizações Religiosas, Relações entre Igreja e Estado, Patrimônios Históricos e Religiosos, entre outros.

 

O Seminário representa uma oportunidade ímpar para pessoas e entidades que buscam conhecer ou consolidar conhecimento sobre as relações da Igreja com a sociedade brasileira, nos seus aspectos jurídicos, administrativos, legais, contábeis e culturais, interessando não só às pessoas diretamente ligadas à Igreja, como também estudantes e profissionais de diversas áreas, como, por exemplo, advogados, urbanistas, contabilistas, historiadores e administradores.

 

O Acordo Brasil e Santa Sé

 

Documento que dá amparo aos direitos essenciais para o desenvolvimento da missão da Igreja no Brasil, assinado no dia 13 de novembro de 2008, na Cidade do Vaticano, o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé trata da personalidade jurídica da Igreja Católica no Brasil. O documento é considerado o maior marco nas relações Igreja e Estado no Brasil, fruto de anos de diálogos e negociações entre a autoridade eclesiástica e o governo brasileiro.

 

O texto garante à Igreja Católica no Brasil o exercício de sua missão para o bem do povo brasileiro, especialmente os mais necessitados. Em 20 artigos, o texto do Acordo consolida em, um único instrumento legal, direitos já garantidos pela legislação brasileira e pela jurisprudência dos tribunais do País.

 

Discurso do Cardeal Baldisseri no primeiro dia do Seminário

 

Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Universidade Lateranense: Papa institui ciclo de estudos em Ciências da Paz

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Universidade Lateranense: Papa institui ciclo de estudos em Ciências da Paz

 

O Papa Francisco coloca “este novo fruto do zelo da Igreja” sob a proteção de São João XXIII e Paulo VI “verdadeiros arautos da paz no mundo e que tanto contribuíram para o desenvolvimento do magistério nesse campo.

Pontifícia Universidade Lateranense - Foto: Vatican Media

Pontifícia Universidade Lateranense – Foto: Vatican Media

 

O Papa Francisco institui na Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, um ciclo de estudos em Ciências da Paz.

 

É o que afirma o Pontífice na carta enviada ao chanceler da Pontifícia Universidade Lateranense, cardeal Angelo De Donatis, vigário do Papa para a Diocese de Roma, por ocasião da inauguração do Ano Letivo dessa universidade em seus 246 anos de fundação.

 

Ouça o áudio da reportagem:

 

“O desejo de paz que vem da família humana sempre contou com o esforço da Igreja a fim de ajudar a libertar os homens e mulheres das tragédias da guerra e aliviar suas perigosas consequências”, destaca o Papa no texto.

 

Diálogo é capaz de extinguir o ódio

 

Francisco afirma que no tempo presente, em que “aumenta a necessidade de prevenir e resolver conflitos, a Igreja, à luz do Evangelho, sente-se chamada a inspirar e apoiar toda iniciativa que assegure aos diferentes povos e países um caminho de paz, fruto do diálogo autêntico, capaz de extinguir o ódio, abandonar o egoísmo e a auto-referencialidade, superar os desejos de poder e ultraje dos mais fracos e últimos”.

 

Para ser uma mediadora crível diante da opinião pública mundial, a Igreja é chamada «a favorecer a solução dos problemas relativos à paz, concórdia, meio ambiente, defesa da vida, direitos humanos e civis», destaca o Papa, citando um trecho da Exortação apostólica Evangelii gaudium.

 

Superar conflitos através da diplomacia

 

“Uma tarefa realizada também através da ação que a Santa Sé conduz na Comunidade internacional e em suas instituições, trabalhando com os instrumentos da diplomacia a fim de superar os conflitos com os meios pacíficos e a mediação, a promoção e o respeito pelos direitos humanos fundamentais, o desenvolvimento integral de povos e países”, frisa ainda o Pontífice na carta.

 

Segundo o Papa, para perseguir este objetivo, “o mundo universitário desempenha um papel central, lugar símbolo do humanismo integral que precisa continuamente ser renovado e enriquecido, para que possa produzir uma renovação cultural corajosa que o momento presente exige”.

 

“Esse desafio interpela também a Igreja que, com sua rede mundial de universidades eclesiásticas, pode «dar a contribuição decisiva do fermento, do sal, da luz do Evangelho de Jesus Cristo e da Tradição viva da Igreja, sempre aberta a novos cenários e novas propostas», ressalta o Papa.

 

Inter e transdisciplinaridade

 

Animado pelo desejo de transpor no âmbito acadêmico e dotar de método científico esse patrimônio de valores e ações, o Papa institui na Pontifícia Universidade Lateranense “um ciclo de estudos em Ciências da Paz, para o qual os campos teológico, filosófico, jurídico, econômico e social contribuem segundo o critério da inter e da transdisciplinaridade”.

 

“A estrutura curricular irá, portanto, valer-se de cursos ministrados pelas Faculdades e Institutos da Universidade Lateranense para conferir os graus acadêmicos de Bacharelato e Mestrado na conclusão, respectivamente, de um primeiro ciclo trienal e um biênio de especialização.”

 

São João XXIII e Paulo VI

 

Francisco pede para que “seja garantida uma específica formação científica de sacerdotes, consagrados e leigos”: para as Ciências da Paz poderão olhar com confiança os bispos diocesanos, os ordinários castrenses, as Conferências episcopais, os superiores e superioras de várias formas de vida consagrada, os responsáveis de associações e movimentos de laicato e todos os que desejarem, a fim de promover uma preparação adequada dos atuais e futuros agentes de paz.

 

O Papa coloca “este novo fruto do zelo da Igreja” sob a proteção de São João XXIII e Paulo VI “verdadeiros arautos da paz no mundo e que tanto contribuíram para o desenvolvimento do magistério nesse campo”, e o confia a Nossa Senhora Rainha da Paz para que “ajude a entender e a viver a fraternidade que o coração de seu Filho pede e de onde vem a paz verdadeira”.

 

Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Papa: percorrer o caminho da pobreza para ser discípulo verdadeiro

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Papa: percorrer o caminho da pobreza para ser discípulo verdadeiro

 

Na missa celebrada esta manhã (18/10) na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou de três formas de pobreza às quais o discípulo é chamado: pobreza das riquezas, das perseguições e da solidão.

 

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta - Foto: Vatican Media

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta – Foto: Vatican Media

Na missa celebrada esta manhã (18/10) na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou de três formas de pobreza às quais o discípulo é chamado: das riquezas, das perseguições e da solidão.

 

A reflexão do Pontífice foi inspirada na Oração da Coleta e no Evangelho de Lucas, que narra do envio dos 72 discípulos em pobreza, “sem bolsa, nem sacola, nem sandálias”, porque o Senhor quer que o caminho do discípulo seja pobre.

 

Desapegar das riquezas

 

As “três etapas” da pobreza começam com o distanciamento do dinheiro e das riquezas e é a condição para empreender o caminho do discipulado. Consiste em ter um “coração pobre”. E se no trabalho apostólico são necessárias estruturas ou organizações que pareçam um sinal de riqueza, que sejam bem usadas, mas com a atitude de desapego, advertiu o Papa.

 

O jovem rico do Evangelho, de fato, comoveu o coração de Jesus, mas depois não foi capaz de seguir o Senhor porque tinha “o coração preso às riquezas”. “Se você quiser seguir o Senhor, escolha o caminho da pobreza e se tiver riquezas, que sejam para servir os outros, mas com o coração desapegado. O discípulo, afirmou ainda o Papa, não deve ter medo da pobreza, ou melhor: deve ser pobre.

 

As perseguições por causa do Evangelho

 

A segunda forma de pobreza é a das perseguições. Sempre no Evangelho de hoje, o Senhor envia os discípulos “como cordeiros para o meio dos lobos”. E ainda hoje existem muitos cristãos perseguidos e caluniados por causa do Evangelho:

Ontem, na Sala do Sínodo, um bispo de um desses países onde há perseguição contou de um jovem católico levado por um grupo de rapazes que odiavam a Igreja, fundamentalistas; foi agredido e depois jogado dentro de uma cisterna, lançando lama até que chegou ao seu pescoço: “Diga pela última vez: você renuncia a Jesus Cristo?” – “Não!”. Jogaram uma pedra e o mataram. Todos nós ouvimos isso. E não aconteceu nos primeiros séculos: é de dois meses atrás! É um exemplo. Mas quantos cristãos hoje sofrem as perseguições físicas: “Oh, ele blasfemou! Para a forca!”.

 

Francisco recordou ainda que existem outras formas de perseguição:

A perseguição da calúnia, das fofocas e o cristão fica calado, tolera esta “pobreza”. Às vezes, é necessário se defender para não provocar escândalo… As pequenas perseguições no bairro, na paróquia… pequenas, mas são a prova: a prova de uma pobreza. É o segundo tipo de pobreza que o Senhor nos pede. O primeiro, deixar as riquezas, não ser apegado com o coração às riquezas; o segundo, receber humildemente as perseguições, tolerar as perseguições. Esta é uma pobreza.

 

A pobreza do sentir-se abandonado

 

Há uma terceira forma de pobreza: a da solidão, do abandono. O exemplo nos é dado na Primeira Leitura da liturgia de hoje, extraída da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo, na qual o “grande Paulo”, “que não tinha medo de nada”, diz que em sua primeira defesa no tribunal, ninguém o assistiu: “Todos me abandonaram”, disse ele, acrescentando que o senhor esteve ao seu lado e lhe deu forças.

 

O Papa Francisco se deteve no abandono do discípulo: como pode acontecer a um jovem ou uma jovem de 17 ou 20 anos, que com entusiasmo deixam as riquezas para seguir Jesus, depois “com firmeza e fidelidade” toleram “calúnias, perseguições diárias e ciúmes”, “pequenas ou grandes perseguições”, e no final o Senhor também pode pedir “a solidão do fim”:

Penso no maior homem da humanidade, e esta qualificação vem da boca de Jesus: João Batista. O maior homem nascido de uma mulher. Grande pregador: as pessoas iam a ele para serem batizadas. Como foi o seu fim? Sozinho, no cárcere. Pensem no que é um cárcere e como poderiam ser as prisões daquele tempo, porque se as de hoje são assim, pensem naquelas… Sozinho, esquecido, degolado pela fraqueza de um rei, o ódio de uma adúltera e o capricho de uma garota: assim, terminou o maior homem da história. Sem ir muito longe, muitas vezes nas casas para idosos onde vivem sacerdotes e religiosas que dedicaram suas vidas à pregação, eles se sentem sozinhos, sós com o Senhor: ninguém se lembra deles.

 

Uma forma de pobreza que Jesus prometeu a Pedro, dizendo-lhe: “Quando você era jovem, ia aonde queria; quando for velho, vão levar você para onde não quer”. O discípulo é pobre no sentido que não é apegado às riqueza. Este é o primeiro passo. Depois é pobre porque “é paciente diante das perseguições pequenas ou grandes”, e terceiro passo, é pobre porque entra no  estado de espírito de sentir-se abandonado ou no final da vida. O caminho de Jesus termina com a oração ao Pai: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?

 

O Papa convidou a rezar por todos os discípulos, “sacerdotes, religiosas, bispos, papas, leigos para que “saibam percorrer o caminho da pobreza como o Senhor deseja”.

 

Ouça o áudio da reportagem:

 

 

Debora Donnini – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Um milhão de crianças rezam pela paz no mundo

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Um milhão de crianças rezam pela paz no mundo

 

Esta iniciativa é lançada pela “Ajuda à Igreja que Sofre”, fundada pelo Padre Werenfried van Straaten, que tinha grande veneração por Nossa Senhora de Fátima.

 

Crianças filipinas rezam o Terço da campanha - Um milhão de crianças rezam pela paz no mundo - Foto: Vatican Media

Crianças filipinas rezam o Terço da campanha – Um milhão de crianças rezam pela paz no mundo – Foto: Vatican Media

Um milhão de crianças rezam, neste dia 18 de outubro, mês do Rosário pela Paz no mundo.Esta iniciativa é lançada pela “Ajuda à Igreja que sofre”, fundada pelo Padre Werenfried van Straaten, que tinha grande veneração por Nossa Senhora de Fátima, que pediu aos pastorzinhos: “Rezem o terço, todos os dias, pela paz no mundo”.

 

A iniciativa “Um milhão de crianças rezam o Terço pela Paz no mundo”, surgiu no dia 18 de outubro de 2005, em um Santuário mariano de Caracas, Venezuela.

 

Na ocasião, enquanto várias crianças rezavam o Terço mariano, algumas mulheres presentes sentiram uma profunda presença de Nossa Senhora. Uma delas associou seu pensamento a uma promessa feita pelo Padre Pio: “Quando um milhão de crianças rezarem o terço, o mundo irá mudar.” Eis a força da oração infantil, que parte das palavras de Jesus: “Se vocês não se converterem e não se tornarem como crianças, não entrarão no Reino dos Céus”.

 

Oração orientada para a paz

 

O principal objetivo da iniciativa da Fundação pontifícia “Ajuda à Igreja que Sofre” é mostrar que a oração confiante das crianças atinge, como uma flecha, o Coração de Deus e, por isso, tem um poder divino.  Eis, pois, a eficácia da oração do Terço pelas crianças, sobretudo, pela Paz e a unidade das famílias no mundo inteiro.

 

São João Paulo II escreveu, em sua Carta Apostólica sobre o Santo Rosário (16.10.2002): “O Rosário é, por natureza, uma oração orientada para a paz”, pois consiste na contemplação de “Cristo nossa Paz”. O Rosário é uma oração pela Paz também pelos frutos de amor que produz. Pelas suas características, de petição insistente e comunitária, e em sintonia com o convite de Cristo para “rezar sempre”, permite-nos alimentar nossa esperança pela paz no mundo.

 

Corrente de oração pela paz e pela Igreja

 

Por isso, a Fundação “Ajuda à Igreja que sofre” dirige seu apelo, a todos os cristãos, que ajudem a preparar e a incentivar as crianças, nas escolas e creches, hospitais e orfanatos, grupos de oração e nas famílias, onde quer que estejam reunidas, a rezar o Terço pela Paz, neste dia 18 de outubro, mês do Rosário, junto com milhares de outras crianças do mundo.

 

Participam desta 13ª edição da iniciativa “Um milhão de crianças rezam o Terço pela Paz no mundo”, crianças de cerca de 80 países de todos os Continentes. Trata-se realmente de uma corrente de oração pela Paz e pela Igreja Católica!

 

Ouça o áudio da reportagem

 

Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Papa renova convite para rezar o Terço contra ataques à Igreja

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Papa renova convite para rezar o Terço contra ataques à Igreja

 

“Renovo o convite para rezar o Terço todos os dias do mês de outubro, concluindo com a antífona ‘Sob a Tua proteção'”.

Papa no Angelus - Foto: Vatican Media

Papa no Angelus – Foto: Vatican Media

Hoje, festa de Nossa Senhora do Rosário, dirijo uma saudação especial aos fiéis reunidos no Santuário de Pompéia para a tradicional Súplica, presidida nesta ocasião pelo Cardeal Mario Zenari, Núncio Apostólico na Síria. Foi o que disse o Papa Francisco na conclusão do Angelus neste domingo na Praça São Pedro. “Renovo o convite para rezar o Terço todos os dias do mês de outubro, concluindo com a antífona “Sob a Tua proteção” e a oração a São Miguel Arcanjo, para repelir os ataques do demônio que quer dividir a Igreja, acrescentou.

 

O Papa recordou ainda nas sua palavras finais que no próximo sábado, terá lugar em Roma o 1º Dia das Catacumbas. Muitos locais estarão abertos ao público, com oficinas educativas e eventos culturais. Agradeço à Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra por esta iniciativa – disse Francisco – e faço votos de que essa iniciativa tenha o melhor êxito.

 

O Pontífice saudou por fim, romanos e peregrinos, especialmente as famílias e os grupos paroquiais da Itália e de várias partes do mundo. “Saúdo os peregrinos greco-católicos da Eslováquia, os fiéis de Poznan (Polônia) e de Fortaleza (Brasil); os avós de Malta e os estudantes de Neuilly (França); e as irmãs de São Paulo de Chartres, da Austrália. Saúdo a peregrinação promovida pelos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, o coral “Calliope” de Gussago (Brescia), e os jovens da “Juventude Estudantil” do Lácio e os fiéis de Abbiategrasso.

 

Francisco concluiu desejando a todos um bom domingo, acrescentando: “por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até breve!”

 

Ouça a reportagem:

 

Silvonei José – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

Papa: leigos e pastores não tenham medo de sujar as mãos

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Papa: leigos e pastores não tenham medo de sujar as mãos

 

Na missa matutina na Casa Santa Marta, Francisco exortou os leigos e os pastores a refletirem sobre o sentido de serem cristãos, exortando a estarem “abertos” às surpresas de Deus.

 

Um convite a ser “cristãos de verdade”, cristãos que “não têm medo de sujar as mãos, as vestes, quando se fazem próximos do outro. Foi o que disse Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã de segunda-feira (08/10) na capela da Casa Santa Marta.

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta - Foto: Vatican Media

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta – Foto: Vatican Media

 

Inspirando-se no Evangelho de Lucas, o Pontífice refletiu sobre os “seis personagens” da parábola narrada por Jesus ao doutor da Lei que, para colocá-lo “à prova”, lhe pergunta: “Quem é meu próximo?”. E cita os assaltantes, o ferido, o sacerdote, o levita, o Samaritano e o dono da pensão.

 

Não ir além, mas parar e ter compaixão

 

Os assaltantes que espancaram o homem, deixando-o quase morto; o sacerdote que, quando viu o ferido, “seguiu adiante”, sem levar em consideração a própria missão, pensando somente na iminente “hora da Missa”. Assim fez também o levita, “homem de cultura da Lei”.

 

Francisco exortou a refletir precisamente sobre o “seguir adiante”, um conceito que – afirma – “deve entrar hoje no nosso coração”. O Papa observou que se trata de dois “funcionários” que “coerentes” com suas funções, disseram: “não cabe a mim” socorrer o ferido. Ao invés, quem “não segue adiante” é o Samaritano, “que era um pecador, um excomungado do povo de Israel”: o “mais pecador – destacou o Papa – sentiu compaixão”. Talvez, era “um comerciante que estava em viagem para negócios”, e mesmo assim:

Não olhou o relógio, não pensou no sangue. “Chegou perto dele, desceu do burro, fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas”. Sujou as mãos, sujou as vestes. “Depois colocou o homem em seu próprio animal, e o levou a uma pensão”, todo sujo… de sangue… E assim tinha que chegar. “E cuidou dele”. Não disse: “Mas eu o deixo aqui, chamem os médicos que venham. Eu vou embora, fiz minha parte”. Não. “Cuidou dele”, como dizendo: “Agora você é meu, não por posse, mas para servir”. Ele não era um funcionário, era um homem com coração, um homem com o coração aberto.

 

Abertos às surpresas de Deus

 

O Pontífice falou sobre o dono da pensão que “ficou estupefato” ao ver um “estrangeiro”, um “pagão, porque não era do povo de Israel”, que parou para socorrer o homem, pagando “duas moedas de prata” e prometendo que quando voltasse pagaria o que tivesse sido gasto a mais. A dúvida de não receber o devido insinuou-se no dono da pensão, acrescentou o Papa, “a dúvida em relação a uma pessoa que vive um testemunho, uma pessoa aberta às surpresas de Deus”, como o Samaritano.

 

Os dois não eram funcionários. “Você é cristão? Você é cristã? Sim, vou à missa aos domingos e procuro fazer o que é justo, menos fofocar, porque eu gosto de fofocar, mas o resto eu faço bem”. Você é aberto? Você é aberto às surpresas de Deus ou é um cristão funcionário, fechado? “Eu faço isso, vou à missa ao domingo, comungo, me confesso uma vez por ano, faço isso, faço aquilo. Cumpro as obrigações”. Estes são cristãos funcionários, que não são abertos às surpresas de Deus, que sabem muito de Deus, mas não encontram Deus. Aqueles que nunca se surpreendem diante de um testemunho. Pelo contrário: são incapazes de testemunhar.

 

Jesus e sua Igreja

 

O Papa exortou a todos, “leigos e pastores”, a se perguntar se somos cristãos abertos ao que o Senhor nos dá “todos os dias”, “às surpresas de Deus que muitas vezes, como o Samaritano, nos colocam em dificuldade”, ou se somos cristãos funcionários, fazendo o que devemos, sentindo-nos “em ordem” e sendo forçados às mesmas regras. Alguns teólogos antigos, recordou Francisco, diziam que nesta passagem está contido “todo o Evangelho”.

 

Cada um de nós é o homem ali ferido, e o Samaritano é Jesus. Ele curou nossas feridas. Fez-se próximo. Cuidou de nós. Pagou por nós. Ele disse à sua Igreja: “Se precisar de mais, você paga, pois eu voltarei e pagarei”. Pensem bem: nesta passagem há todo o Evangelho.

 

Ouça a reportagem:

 

Giada Aquilino – Cidade do Vaticano

Fonte:

 

Papa aos jovens: com Jesus, a vida tem sabor de Espírito Santo

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Papa aos jovens: com Jesus, a vida tem sabor de Espírito Santo

 

O encontro com a juventude da Estônia foi ecumênico, na Catedral luterana de Tallinn.

 

A Igreja luterana Kaarli, na capital da Estônia, foi a sede do segundo compromisso do Papa Francisco: o encontro ecumênico com os jovens.

Papa aos Jovens - Foto: Vatican Media

Papa aos Jovens – Foto: Vatican Media

Antes de proferir seu discurso, o Pontífice ouviu o testemunho de três jovens e saudou os representantes das diversas confissões cristãs presentes no país.

 

Estes encontros, disse o Papa, tornam realidade o sonho de Jesus na Última Ceia: “Que todos sejam um só (…) para que o mundo creia” (Jo 17, 21).

 

Sínodo sobre os jovens

 

Francisco dedicou ampla parte do seu pronunciamento para falar da relação dos jovens com os adultos, marcada muitas vezes pela falta de diálogo e de confiança. O Papa citou o Sínodo sobre a juventude, que tem início semana que vem, para mencionar algumas questões que emergiram na consultação preliminar.

 

Entre elas, os jovens pedem acompanhamento e compreensão, sem julgamentos por parte dos membros das Igrejas.

 

“Aqui, hoje, quero lhes dizer que desejamos chorar com vocês se estiverem chorando, acompanhar com os nossos aplausos e nossos sorrisos as suas alegrias, ajudá-los a viver o seguimento do Senhor. ”

 

Muitos jovens, porém, nada pedem à Igreja, pois não a consideram um interlocutor significativo na sua existência. Outros se indignam diante dos escândalos econômicos e sexuais contra os quais não veem uma clara condenação.

 

“Queremos dar-lhes resposta, queremos ser – como vocês mesmos dizem – uma ‘comunidade transparente, acolhedora, honesta, atraente, comunicativa, acessível, alegre e interativa’”, garantiu o Papa.

 

Vida com sabor de Espírito Santo

 

Ao vê-los assim reunidos a cantar, acrescentou Francisco, “uno-me à voz de Jesus, porque vocês, apesar da nossa falta de testemunho, continuam descobrimendo Jesus dentro de nossas comunidades. Onde está Jesus, a vida tem sempre sabor de Espírito Santo. Aqui, hoje, vocês são a atualização daquela maravilha de Jesus”.

 

Jesus continua a ser o motivo para estarmos aqui, recordou o Papa. “Sabemos que não há alívio maior do que deixar Jesus carregar as nossas opressões.” Citando uma cantora famosa da Estônia, que dizia que o “amor está morto”, Francisco afirmou que os cristãos têm uma palavra a dizer, algo para anunciar, com poucas palavras e muitos gestos.

 

Deus está conosco

 

“Estamos unidos pela fé em Jesus, e Ele espera que O levemos a todos os jovens que perderam o sentido da sua vida. Acolhamos juntos a novidade de que o próprio Deus traz Deus à nossa vida; uma novidade que incessantemente nos impele a partir, para ir aonde se encontra a humanidade mais ferida. Mas nunca iremos sozinhos: Deus vem conosco; Ele não tem medo das periferias.”

 

“O amor não está morto”, disse por fim o Papa; ele nos chama e nos envia para que a nossa vida cristã não seja um museu de recordações.

 

Ouça o áudio da reportagem:

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican Media

 

Papa: a misericórdia é o caminho para o coração de Deus

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Papa: a misericórdia é o caminho para o coração de Deus

 

“Entender a misericórdia do Senhor é um mistério; mas o maior mistério, o mais belo, é o coração de Deus”, disse Francisco na homilia.

 

A liturgia nos fala hoje da chamada de Mateus, o publicano, escolhido por Deus e instituído apóstolo segundo o seu desenho de misericórdia. O Papa destaca três expressões na missa matutina na Casa Santa Marta: desenho de misericórdia, escolher, instituir.

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta - Foto: Vatican Media

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta – Foto: Vatican Media

 

Mateus era um corrupto “porque traia a pátria por dinheiro”. Um traidor do seu povo: o pior”. Alguém pode dizer que Jesus “não tem bom gosto para escolher as pessoas”, observou o Papa, e parece que realmente não tem, porque além de Mateus escolheu muitos outros pegando-os “do lugar mais desprezado”. Foi assim com a Samaritana e muitos outros pecadores e os fez apóstolos.

 

E depois, na vida da Igreja, muitos cristãos, muitos santos que foram escolhidos do mais raso … escolhidos do mais raso. Esta consciência de que nós cristãos deveríamos ter – de onde fui escolhido, de onde fui escolhida para ser cristão – deve durar toda a vida, permanecer ali e ter a memória dos nossos pecados, a memória que o Senhor teve misericórdia dos meus pecados e me escolheu para ser cristão, para ser apóstolo.”

 

Mateus não esqueceu suas origens

 

Depois, o Papa descreve a reação de Mateus à chamada do Senhor: não se vestiu de luxo, não começou a dizer aos outros: eu sou o príncipe dos Apóstolos, aqui eu comando. “Não! Trabalhou toda a vida pelo Evangelho.”

 

Quando o Apóstolo esquece as suas origens e começa a fazer carreira, se afasta do Senhor e se torna um funcionário; que trabalha muito bem, mas não é Apóstolo. Será incapaz de transmitir Jesus; será um organizador de planos pastorais, de tantas coisas; mas, no final, um negociante. Um negociante do Reino de Deus, porque esquece de onde foi escolhido.

 

Por isso, prosseguiu Francisco, é importante a memória das nossas origens: “Esta memória deve acompanhar a vida do Apóstolo e de todo cristão”.

 

A nós falta a generosidade

 

Ao invés de olhar para si mesmo, porém, nós somos levados a olhar os outros, seus pecados e a falar mal deles. Um costume que envenena. É melhor falar mal de si próprio, sugeriu o Papa, e recordar de onde o Senhor nos escolheu, trazendo-nos até aqui.

 

O Senhor, acrescentou o Pontífice, quando escolhe, escolhe para algo maior.

 

“Ser cristão é algo grande, belo. Somos nós que nos afastamos e ficamos na metade do caminho”. A nós falta a generosidade e negociamos com o Senhor, mas Ele nos espera.

Diante da chamada, Mateus renuncia ao seu amor, ao dinheiro, para seguir Jesus. E convidou os amigos do seu grupo para almoçar com ele para festejar o Mestre. Assim, àquela mesa se sentava “o que havia de pior naquele tempo. E Jesus estava com eles”.

 

O escândalo dos doutores da Lei

 

Os doutores da Lei se escandalizaram. Chamaram os discípulos e disseram: “Mas como é possível que seu Mestre faça isso, com essas pessoas? Mas, se torna impuro!”: comer com um impuro é se contaminar com a impureza, não é mais puro. E Jesus toma a palavra e diz esta terceira expressão: “Vão aprender o que significa ‘Quero misericórdia e não sacrifício”. A misericórdia de Deus procura todo mundo, perdoa a todos. Pede somente que diga: “Sim, ajude-me”. Só isso.

 

Para quem se escandaliza, Jesus responde que não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os doentes e: “Quero misericórdia e não sacrifício”.

 

“Entender a misericórdia do Senhor – conclui Francisco – é um mistério; mas o maior mistério, o mais belo, é o coração de Deus. Se quiser realmente chegar ao coração de Deus, siga o caminho da misericórdia, e se deixe tratar com misericórdia”.

 

Assista um trecho da homilia do Santo Padre:

 

Adriana Masotti – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican Media

Papa: o pastor é humilde, próximo às pessoas, se compadece e reza quando é acusado

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Papa: o pastor é humilde, próximo às pessoas, se compadece e reza quando é acusado

 

O Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta, recorda que Jesus, ícone do Bom Pastor, tinha autoridade pela sua humildade e compaixão, que se exprimia na ternura e mansidão. “Também nós pastores” devemos ser próximos às pessoas, não aos poderosos ou ideológicos “que nos envenenam a alma”

Papa celebra na Capela da Casa Santa Marta - Foto: Vatican Media

Papa celebra na Capela da Casa Santa Marta – Foto: Vatican Media

 

O que dava autoridade a Jesus como pastor era a sua humildade, a proximidade com as pessoas, a compaixão, que se expressava na brandura e na ternura. E quando as coisas iam mal, como no Calvário, “ficava calado e rezava”.

 

Na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta na manhã desta terça-feira, o Papa Francisco repropõe Jesus como ícone e modelo de pastor, que tem uma autoridade pela graça do Espírito Santo e pela proximidade às pessoas, “não aos grupinhos dos poderosos, dos ideológicos”.

 

A ressurreição do único filho da mãe que era viúva

 

Francisco comenta a passagem do Evangelho de Lucas proposto pela liturgia, que narra o milagre da ressureição do filho único da mãe que era viúva, e sublinha que Jesus tinha autoridade diante do povo, não pela doutrina que pregava, que era quase a mesma dos outros, mas porque era “manso e humilde de coração”.

 

“Ele não gritava, ele não dizia “eu sou o Messias” ou “sou o Profeta”; não tocava  trombetas quando curava alguém e pregava às pessoas ou realizava um milagre como a multiplicação dos pães. Não. Ele era humilde. Ele fazia”. E era “próximo às pessoas”.

 

Jesus à próximo às pessoas, os doutores da Lei não

 

Os doutores da Lei, pelo contrário, “ensinavam da cátedra e se distanciavam das pessoas”. Não se interessavam por elas, a não ser para impor mandamentos, que “multiplicavam até mais de 300”. Mas não eram próximos às pessoas:

No Evangelho, quando Jesus não estava com as pessoas, estava com o Pai, rezando. E a maior parte do tempo na vida de Jesus, na vida pública de Jesus, Ele passou na estrada, com as pessoas. Esta proximidade: a humildade de Jesus, o que dá autoridade a Jesus, o leva a proximidade com as pessoas. Ele tocava as pessoas, abraçava as pessoas, olhava nos olhos das pessoas, escutava as pessoas. Próximo. E isto lhe dava autoridade”.

 

Era capaz de “sofrer com”, pensava com o coração

 

São Lucas, no Evangelho, sublinha que a “grande compaixão” que teve Jesus ao ver a mãe que era viúva, sozinha, o filho morto. Ele tinha “esta capacidade de ‘sofrer com’. Não era teórico”. Poder-se-ia dizer que “pensava com o coração, não separava a cabeça do coração”:

“E há duas características desta compaixão que gostaria de sublinhar: a mansidão e a ternura. Jesus disse: Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração”: manso de coração. Ele era manso, não gritava. Não punia as pessoas. Era manso. Sempre com mansidão. Jesus se irritava? Sim! Pensemos quando viu que a casa de seu pai havia se tornado um shopping, para vender coisas, troca de dinheiro…ali se irritou, pegou o chicote e expulsou todos. Mas porque amava o Pai, porque era humilde diante do Pai, tinha esta força”.

 

Compaixão feita de ternura e mansidão

 

Depois, a ternura. Jesus não disse “Não chore, senhora”, estando longe. “Não. Aproximou-se, talvez tenha tocado seus ombros, talvez tenha lhe feito um carinho. ‘Não chore’. Assim é Jesus. E Jesus faz o mesmo conosco, porque está próximo, está em meio às pessoas, é pastor”.

 

Outro gesto de ternura é pegar o rapaz e devolvê-lo à sua mãe. Enfim, “humilde e manso de coração, próximo às pessoas, com capacidade de sentir compaixão, com compaixão e com esses dois traços de mansidão e de ternura. Este é Jesus”. E faz isso com todos nós quando se aproxima, aquilo que fez com o jovem e a mãe viúva.

 

Jesus é o ícone do pastor do qual aprender

 

“Este é o ícone do pastor”, destacou o Pontífice, e disto devemos aprender nós pastores: “próximos às pessoas, não aos grupinhos dos poderosos, dos ideológicos … Essas pessoas envenenam a alma, não nos fazem bem!”. O pastor, portanto, “deve ter o poder e a autoridade que tinha Jesus, aquela da humildade, da mansidão, da proximidade, da capacidade de compaixão e de ternura”.

 

O pastor acusado sofre, oferece a vida e reza

 

E depois quando as coisas não saem bem para Jesus, o que ele fez?, questionou o Papa:

Quando as pessoas o insultavam, aquela Sexta-Feira Santa, e gritavam ‘crucifiquem-no’, ele ficou em silêncio, porque sentia compaixão por aquelas pessoas enganadas pelos poderosos do dinheiro, do poder… Ficou calado. Rezava. O pastor, nos momentos difíceis, nos momentos em que o diabo se faz sentir, onde o pastor é acusado, mas acusado pelo Grande Acusador através de tantas pessoas, tantos poderosos, sofre, oferece a vida e reza. E Jesus rezou. A oração o levou inclusive à Cruz, com fortaleza; e também ali teve a capacidade de se aproximar e curar a alma do Ladrão”.

 

O convite final de Francisco é para hoje relermos o capítulo sétimo de Lucas, para ver “onde está a autoridade de Jesus”. E pedirmos a graça de que “todos nós pastores tenhamos esta autoridade: uma autoridade que é uma graça do Espírito Santo”.

 

Ouça o áudio da reportagem:

 

Assista a um trecho da homilia do Papa Francisco

 

Alessandro Di Bussolo – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Novo documento do Papa: Sínodo dos bispos a serviço do Povo de Deus

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Novo documento do Papa: Sínodo dos bispos a serviço do Povo de Deus

 

Consultar o Povo de Deus e ter uma Igreja sinodal: essas são as características da Constituição apostólica Episcopalis communio publicada esta terça-feira.

 

Faltando poucos dias para o início do Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, foi publicada esta terça-feira (18/09) a Constituição Apostólica do Papa Francisco Episcopalis communio sobre a estrutura do organismo instituído por Paulo VI em 1965.

Publicada a Constituição apostólica Episcopalis communio - Foto: Vatican Media

Publicada a Constituição apostólica Episcopalis communio – Foto: Vatican Media

 

Pelo bem de toda a Igreja

 

Francisco define a instituição do Sínodo como uma das “heranças mais preciosas do Concílio Vaticano II”, e destaca a “eficaz colaboração” do organismo com o Romano Pontífice nas questões de maior importância, isto é, que “requerem uma especial ciência e prudência pelo bem de toda a Igreja”. Neste momento histórico em que a Igreja abarca uma nova “etapa evangelizadora”, através de um estado permanente de missão, o Sínodo dos bispos é chamado a se tornar sempre mais um canal adequado para a evangelização do mundo de hoje.

 

A Secretaria Geral

 

Paulo VI havia previsto que, com o passar do tempo, esta instituição poderia ser aperfeiçoada; a última edição do Ordo Synodi é de 2006, promulgada por Bento XVI. Diante da eficácia da ação sinodal, nesses anos cresceu o desejo de que o Sínodo se torne sempre mais “uma peculiar manifestação e uma eficaz atuação da solicitude do episcopado para com todas as Igrejas”.

 

A escuta

 

O bispo, reitera o Papa, é contemporaneamente “mestre e discípulo”, num compromisso que é ao mesmo tempo missão e escuta da voz de Cristo que fala através do Povo de Deus. Também o Sínodo então “tem que se tornar sempre mais um instrumento privilegiado de escuta do Povo de Deus”, através da consulta dos fiéis nas Igrejas particulares, porque mesmo que seja um organismo essencialmente episcopal, não vive “separado do restante dos fiéis”.

 

Portanto, é “um instrumento apto a dar voz a todo o Povo de Deus justamente por meio dos bispos”, “custódios, intérpretes e testemunhas da fé”, mostrando-se, de Assembleia em Assembleia, uma expressão eloquente da “sinodalidade” da própria Igreja, em que se espelha uma comunhão de culturas diferentes. Também graças ao Sínodo dos bispos, ficará mais evidente que nela vige uma “profunda comunhão”, seja entre os pastores e fiéis, seja entre os bispos e o Pontífice.

 

A unidade do todos os cristãos

 

A esperança do Papa Francisco é que a atividade do Sínodo possa “a seu modo contribuir ao restabelecimento da unidade entre todos os cristãos, “segundo a vontade do Senhor”. Deste modo, o organismo ajudará a Igreja Católica, segundo o auspício de São João Paulo II expresso na encíclica Ut unum sint, a “encontrar uma forma de exercício de primado que, não renunciando de modo algum à essência de sua missão, se abra a uma nova situação”.

 

Ouça o áudio da reportagem com a voz do Papa Francisco

 

Giada Aquilino – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News