Papa Francisco: aceitar o perdão de Deus, a misericórdia que salva
A misericórdia de Deus nos salva da danação eterna. Como aconteceu com o bom ladrão na cruz, que nos últimos momentos da sua vida se confiou a Jesus e ouviu dizer: “Em verdade te digo, hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.
A Páscoa é “a festa mais importante da nossa fé” porque “é a festa de nossa salvação, a festa do amor de Deus por nós”. Foi o que reiterou o Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira (28/03) dedicada ao tema do Tríduo Pascal. Salvação de que?
Morte, juízo, inferno, paraíso
Francisco afirmou, numa missa celebrada na Casa Santa Marta (22/11/2016), que o mundo “não gosta de pensar” nas realidades últimas. O que existe depois desta vida? Recordou que, quando criança, quando frequentava o catecismo, eram ensinadas quatro coisas: morte, juízo, inferno e paraíso. Isso poderia assustar alguém – ressaltou na ocasião –, mas “é a verdade. Porque se você não cuida do coração, a fim de que o Senhor esteja sempre consigo e vive se distanciando sempre do Senhor, pode haver o perigo de continuar eternamente distante do Senhor”.
Não uma sala de tortura
O inferno – explica – “não é uma sala de tortura”, mas o permanecer para sempre distante do “Deus que dá a felicidade”, do “Deus que nos quer tanto bem” (Missa na Casa Santa Marta, 25/11/2016). A misericórdia de Deus nos salva da danação eterna. Como aconteceu com o bom ladrão na cruz, que nos últimos momentos da sua vida se confiou a Jesus e ouviu dizer: “Em verdade te digo, hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.
O diabo está no inferno
“Você não é mandado para o inferno” – observa Francisco –, “é você quem vai por escolha sua. O inferno é querer distanciar-se de Deus porque não quero o amor de Deus.” “O diabo está no inferno porque ele o quis” e “é o único de quem temos certeza de estar no inferno” (Visita à Paróquia romana de Santa Maria Mãe do Redentor – encontro com crianças e jovens (08/03/2015).
O juízo final
No final desta vida “todos seremos julgados”. O juízo final será o amor: “Tive fome e me destes de comer…” “O Senhor nos oferece tantas ocasiões para salvar-nos e entrar passando pela porta da salvação” (Angelus, 21/08/2016) e até o fim, apesar dos nossos pecados, não se cansa de perdoar-nos e de esperar-nos: essa é a sua Misericórdia. Mas temos a liberdade de rejeitá-la: essa é a corrupção. Um pecador que não se arrepende, que rejeita o amor de Deus.
A salvação eterna
“Mas se Deus é bom e nos ama – se pergunta o Papa –, por que a um certo ponto fechará a porta? Porque nossa vida não é um videojogo ou uma telenovela; nossa vida é séria e o objetivo a ser alcançado é importante: a salvação eterna” (Angelus, 21/08/2016).
O Senhor é bom
Francisco apresenta a solução aos nossos medos: “Se cada um de nós for fiel ao Senhor, quando a morte chegar, diremos como Francisco: ‘irmã morte, vem’. Não nos assusta”. E no dia do juízo “olharemos para o Senhor” e poderemos dizer: “Senhor, tenho muitos pecados, mas procurei ser fiel”. E como “o Senhor é bom”, não teremos medo (Missa na Casa Santa Marta, 22/11/2016).
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Fonte: Vatican News